26 fevereiro, 2014

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O teu corpo, por si só, sem acção nenhuma, dá prazer. Dá prazer olhá-lo, reparar em cada pormenor, em cada traço, em cada detalhe! Não me lembro de quando o vi pela primeira vez, nu, a sós e tenho pena. Ainda assim sei que cada vez que o olho, a minha atracção aumenta. É o teu corpo que me desperta prazer, que me puxa para a loucura, que me faz vibrar por baixo da roupa, que me faz querer agarrar-te com tanta força e sem qualquer pudor. Por muitos corpos que me passem pela vista, por muito afortunados que sejam, nenhum me desperta o sexo, ao contrário do teu, que altera todo o meu sistema. O teu corpo é o meu porto, o único onde me encaixo da forma certa. E quando me tocas, quando os teus dedos sentem a minha pele, não há mais dúvidas: o meu corpo cede ao teu. Entrega-se como se fosses meu dono, como se me controlasses todo o pensamento. E dou-me a ti, deixo-me ser tua sem qualquer impedimento porque sei que me farás gemer, me farás gritar o teu nome e me farás atingir aquele ponto sem ter tempo de te dizer o quão bom está a ser ter-te dentro de mim. Quem visse diria que mais nenhuns corpos se completam tão bem como os nossos. 

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